Consigo Caldas Consegue

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A sua discrição será inteiramente respeitada.
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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Recursos da câmara ao serviço do PSD



Foi, infelizmente, sem perplexidade, mas com a maior indignação, que os vereadores do partido socialista tomaram conhecimento de uma comunicação enviada pelo Gabinete de imprensa da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, dando conta da presença na cidade do líder do PSD, Passos Coelho.

O texto - que pode ser visto acima - não deixa margem para dúvidas e reflecte com a maior contundência a promiscuidade que existe entre os recursos públicos da câmara e os ofícios do PSD. Colocar ao serviço do “partido” e dos seus “militantes” o equipamento camarário e as horas de trabalho de funcionários da câmara para anunciar eventos partidários é inaceitável e representa uma claríssima violação do dever de isenção que todas as autarquias devem aos seus munícipes.

Já antes se demonstrou que o Sr. Presidente da Câmara não revela a menor vontade de compreender a substância das críticas que lhe são apontadas sempre que confunde a sua condição de autarca com a de dirigente partidário. Consideramos, contudo, que, desta vez, o Sr. Presidente ultrapassou os limites do seu próprio tartufismo, ao utilizar o gabinete de imprensa dos serviços camarários para uma comunicação abertamente partidária.

Pode avaliar-se o grau de vício doloso que se tolera nesta câmara quando o seu presidente chega a propor, como forma de resolver este seu embaraço, que, de hoje em diante, os outros partidos políticos passem, também eles, a utilizar os serviços da câmara para anunciar a presença dos seus líderes partidários.

Os vereadores do partido socialista recusam esta visão de apropriação indevida e ilegal da coisa pública e manifestaram já frontalmente o seu repúdio por este clamoroso aproveitamento partidário dos recursos camarários.

A gravidade deste incidente não pode deixar de ser assinalada e, perante o reconhecimento da responsabilidade do Sr. Presidente neste caso, não podem os vereadores deixar de oficiar no sentido de que sejam devidamente informadas as autoridades competentes.

Câmara inaugura obras que não construiu

Os vereadores do Partido Socialista consideram lastimável que no passado dia 15 de Maio, a Câmara tenha decidido eleger a conclusão das obras do hotel lisbonense como uma qualquer expressão da actividade camarária. Em particular, este gesto revela-se especialmente manipulador por pretender, num malabarismo de prestidigitação, dar a entender que uma inauguração de um hotel privado, que nem sequer ainda abriu ao público, (nem se sabe, infelizmente, quando abrirá), representa um qualquer feito da autarquia.

O hotel Lisbonense constitui uma obra privada, e a conclusão das obras de recuperação devem-se aos ofícios e aos dinheiros de particulares e não à Câmara Municipal. Se alguma coisa o hotel Lisbonense deve à Câmara Municipal é o estado prolongado de agonia em que se arrastou desde há décadas, como outras pérolas da cidade continuam a arrastar-se (silos, pavilhões do parque, casa da cultura, centro histórico...)

Tirar partido e vangloriar-se de um feito de outrem é algo lastimável para uma Câmara Municipal. O município, todos os caldenses, merecem muito mais, do que inúteis e imerecidos actos de ilusionismo.

Boletim municipal não cumpre a palavra dada

Os vereadores do Partido Socialista vêm desta forma pública lastimar que, mais uma vez, e desta feita em oposição aberta ao que foi publicamente proclamado pelo Sr. Presidente da Câmara, nenhum convite foi dirigido aos outros partidos para colaborar na edição do boletim municipal, recentemente distribuído pela população.

Transforma-se novamente esta publicação num confrangedor exercício de imodéstia e de auto-enaltecimento que interdita todo e qualquer contributo que seja oriundo de outro partido que não o PSD.

O boletim deveria servir o propósito meritório de promover o município e as suas realizações de futuro. Com muitos outros, consideramos que o futuro do município não se faz pela exaltação laudatória das realizações deste ou daquele; faz-se pelo estímulo de sinergias, oriundas de todos quantos amam, vivem e trabalham nas Caldas da Rainha. Novas ideias, outras propostas, visões alternativas do que podem e devem ser as 16 freguesias do concelho, deveriam ser bem vindas e devem ser objecto de afirmação pública. O boletim municipal constitui um óbvio espaço para a confirmação de que se trata de um município que tem muitas vozes, muitas perspectivas de valor e de conteúdo e não um município com apenas uma. Deve constituir-se num lugar que acolhe pluralidade e não um que a detesta. Deve ser o reflexo de um município vibrante e activo e não demonstrar, como demonstra, que tem medo de convocar outras visões e outras leituras.

Tinham os vereadores do partido socialista razão quando, em Dezembro de 2009, defendiam que “a condução editorial do boletim municipal estivesse disponível à participação de todas as forças representadas na Assembleia Municipal”. O Sr. Presidente da Câmara manifestou então a sua disposição em acolher contributos de todos os partidos. Nada fez por isso, nenhuma diligência foi tomada, para cumprir a palavra dada. Tratou-se, a realidade o provou, de mais um palavreado deliberadamente inconsequente, a que, como tantos outros, nos obriga a todos a não prestar qualquer atenção ou merecimento.

Onde fica a praceta Infante D. Henrique?

Vários munícipes fizeram chegar aos vereadores do partido socialista a informação pela qual a Praceta Infante D. Henrique não tem ainda nenhuma placa identificativa, o que gera dificuldades a quem a ela se quer dirigir, nomeadamente o serviço de entrega postal, resultando numa constante troca ou desaparecimento de correspondência. A Praceta Infante D. Henrique localiza-se no prolongamento da rua com o mesmo nome.

Igualmente, para efeitos de processamento bancário de pedidos de empréstimo, têm-se verificado dificuldades em virtude de, naturalmente, ser exigida uma localização e morada rigorosa dos imóveis a adquirir. Finalmente, os munícipes ali residentes informam também que as operadoras de telecomunicações por cabo dizem não poderem instalar os seus serviços porque, segundo alegam, a Câmara Municipal não o terá permitido ainda. Os vereadores do Partido Socialista consideram indispensável uma imediata resolução deste problema que parece estar a gerar há meses grande contrariedade junto dos moradores e proprietários.

Novos sentidos para as medalhas da cidade

Os vereadores do Partido Socialista significam o seu agrado pelo formato escolhido para a tradicional cerimónia de entrega de medalhas de honra e de mérito, no dia da cidade, num novo espaço mais adequado a uma sociabilização deste acto, integrando momentos de entretenimento cultural e recorrendo a novas tecnologias com vista a uma mais completa informação acerca da vida e obra dos homenageados.

No sentido de contribuir para aprimorar esta cerimónia, importaria, de futuro, conservar e aprofundar o registo cultural da cerimónia, bem como faria sentido que fossem introduzidos breves documentários biográficos sobre cada homenageado, eventualmente produzido e publicado pelo projecto CaldasTV, que melhor ilustrassem a justeza da atribuição destes galardões. Consideramos ainda que deve ser concedido a cada homenageado um momento para expor as apreciações de circunstância que considere pertinentes.

Consideramos,em todo o caso, ser possível também promover um consenso no sentido de reequacionar o cômputo total de galardoados, a nosso ver excessivo neste momento, bem como alterar a tipologia das medalhas, nomeadamente visando a supressão das referências aos graus, substituindo-os por um outro tipo de classificação.